sábado, 25 de janeiro de 2014

Tese da Chapa

PARTIDO É ISSO: CONSTRUÇÃO, TRABALHO E COMPROMISSO
Este ano o PT completou 10 anos no governo federal. Não há dúvida que foi uma década de mudanças. O modo petista de governar, já implementados em gestões municipais e estaduais por todo o país, mostrou que era possível fazer um governo democrático e popular em nível nacional.
Foram inúmeros os avanços. O PT mostrou que é possível crescer e distribuir renda. Que é possível ter mais participação popular por meio de conferências nacionais temáticas e mais diálogo com os movimentos sociais. Mostrou que é possível fazer uma política de habitação de porte nacional. Despontou uma série de políticas sociais, entre elas o programa Bolsa Família, que hoje atende cerca de 15 milhões de famílias. Mostrou que era possível criar empregos e, ao mesmo tempo, aumentar o salário mínimo. Mostrou que era possível tirar mais de 40 milhões de pessoas da linha de pobreza. Enfim, o PT à frente do governo federal, mostrou que é possível fazer um governo de esquerda.
O governo Lula iniciou um novo ciclo de desenvolvimento no Brasil, que hoje vai aprofundando-se com o governo da presidenta Dilma. Este projeto de país tem clara contribuição do PT. É o nosso projeto.
Apesar dos avanços, há muito ainda que se fazer. É primordial que o governo federal faça o debate sobre a democratização dos meios de comunicação, e é tarefa do PT pressionar o governo para que ela saia do papel. Combater o monopólio da grande mídia é combater o privilégio da informação. É preciso democratizar os meios de comunicação, multiplicar os jornais e canais de televisão. É preciso concorrência para fazer a informação ser democratizada. O PT não pode deixar que este debate seja esquecido.
Outro debate importante é sobre a Reforma Política. É imprescindível que o partido se esforce para criar mecanismos de discussão sobre esta reforma. O financiamento público de campanha é condição indispensável para que o país mude a sua política de forma qualitativa e democrática. A implementação do financiamento público nas campanhas eleitorais tornaria menor a corrupção eleitoral no país. Fidelidade partidária faria com que os partidos se fortalecessem e, deste modo, que a democracia fosse reforçada. O voto em lista é outro ponto que deve ser discutido. Os eleitores votariam no partido e não mais nos candidatos individualmente. Isso faria com que os programas dos partidos tivessem necessariamente que ter mais consistência, pois passar-se-ia a votar nas ideias e projetos.
O objetivo primeiro do PT é manter o projeto nacional e viabilizar a proposta da Presidenta Dilma de implantar um novo ciclo de mudanças republicanas e democráticas no Brasil, sendo que a mais importante delas é a concretização do plebiscito para a Reforma Política. Portanto, nosso projeto tem por base a reeleição de Dilma Rousseff bem como empenhar todo o esforço para se conquistar o governo de São Paulo em 2014. Para tal toda militância deveria divulgar mais esses avanços para toda sociedade.
Nunca as condições para disputar o governo do estado estiveram tão favoráveis. O desgaste do atual governo tucano com as denúncias de corrupção no metrô é ponto de partida para desmontarmos o falso discurso de gestão eficiente dos nossos adversários. O PT precisa ganhar ideologicamente o interior do estado, para isso é preciso fortalecer o partido fora dos grandes centros. É necessária a ampliação do partido para o interior.
O partido tem a obrigação de fazer a disputa ideológica nos municípios e, onde não somos governo, essa disputa torna-se ainda mais necessária. É preciso ganhar o interior do estado para ter a chance de fazer por São Paulo o que o PT vem fazendo pelo país.
Não se pode negar que há nos movimentos atuais apelos para que se avance mais e para isso é preciso que se retome a prática de participação nos movimentos sociais e nas lutas da classe trabalhadora que reivindicam mais e melhores políticas públicas, fortalecendo os valores do socialismo democrático. O PT precisa ouvir também as vozes das ruas. O movimento pede mais democracia, mais mudanças e mais avanços.
O PT não deve transformar-se num partido absolutamente institucional, onde toda importância é dada aos momentos eleitorais. O PT precisa de mudanças em sua forma de organização e direção. É preciso dar mais importância à participação e formação política dos filiados.
Precisamos tornar realidade o sonho antigo de aumentar significativamente o número de filiados, mas não basta aumentar em número, é imprescindível também que haja melhoria na qualificação da militância. Para isso é preciso que lhes sejam oferecidos cursos de formação política, debates, palestras e que sejam utilizadas todas as ferramentas possíveis para promover a conscientização dos filiados e reativar mecanismos de participação nos movimentos populares. Preparando-nos desde já poderemos seguir com a pretensão de lançarmos candidatos tantos às eleições proporcionais como às majoritárias de 2016, capazes de manter um discurso coerente com a prática política que desejamos. Reafirmamos aqui a nossa oposição ao atual governo tucano em Caraguatatuba.
Quanto à política de alianças também é necessário que o PT reflita. Fica claro que as coligações com outros partidos ficam cada vez mais necessárias tanto para a disputa eleitoral como para a posterior governabilidade, porém o PT não pode perder sua identidade, deixando preestabelecido entre os aliados e esclarecido à população quais os programas em comum acordo e quais as divergências de cada questão relevante para a sociedade. Isso implica em buscar construir alianças com partidos, se não socialistas, pelo menos que sejam de orientação de esquerda ou centro esquerda, respeitando as orientações do Diretório Nacional.
Nessa nova gestão vamos continuar dando ênfase à batalha pela ética na política, à transparência nas atividades partidárias, negando privilégios no exercício dos mandatos e lutando contra a influência dos métodos conservadores no interior do Partido.
As orientações do nosso Código de Ética, do nosso Estatuto e da nossa formação ideológica é que devem nortear essa nova direção.
O partido no município precisa dar um salto de qualidade. É preciso fomentar os setoriais do PT municipal, ampliar o diálogo com outros movimentos sociais, fazer o debate para conquistar a juventude.
Ampliar o papel e a atuação de uma Secretaria de Mulheres é outro objetivo. A paridade de gênero aprovada no IV Congresso para as direções do partido foi, além de um claro avanço, um desafio que precisa ser superado. Esta superação virá somente com a ampliação do número de filiadas e com a formação política das mesmas, para que o debate seja reforçado. A participação feminina no partido é imprescindível para fazer avançar a atuação da esquerda, e o PT de Caraguá vai cumprir o seu papel colocando isso como prioridade.
Ressaltamos que a construção e consolidação de outros setoriais será uma tarefa cotidiana do partido. Para isso, é preciso também consolidar a nova direção, com o compromisso de mais diálogo entre as forças, mais reuniões de discussão e, claro, confraternizações entre os companheiros.  
Queremos chegar em 2014 com condições de disputar, antes do voto, o pensamento dos munícipes. Assim, seremos capazes de ampliar nossa atuação no âmbito eleitoral.
É preciso criar uma cultura política no PT de Caraguá, ampliando a participação para que seja possível a construção, desde já, de bons candidatos aos cargos de vereador em 2016, e também de uma possível eleição majoritária. E tudo isso tem nome: formação política de esquerda e socialista.
Lembramos que somos o PT, um partido que tem projeto de poder e tem projeto de governo, mas que antes de tudo, tem um projeto de sociedade.

Com disposição para que isso seja possível nos unimos nesta Chapa e apresentamos a candidatura de CÁSSIA GONÇALVES DE JESUS à Presidência deste Diretório Municipal de Caraguatatuba.